ESPORTE

Campeonato investe no desenvolvimento de atletas e na preparação para Olimpíadas

Evento reúne 107 atletas de 20 países. Brasil é único na América Latina a sediar uma etapa do mundial
Publicada em: 07/08/2014 11:06
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Fonte: Agência Força Aérea

  CDA/Suboficial ArmandoO primeiro campeonato de badminton realizado na América do Sul é o teste inicial para a modalidade visando as Olimpíadas de 2016. Quem afirma é o diretor de desenvolvimento da Confederação Panamericana de Badminton, German Valdez.

O evento que reúne 107 atletas de 20 países encerra-se no domingo (10/08) no Rio de Janeiro. Este ano é o primeiro grand prix, mas no próximo ano deve ser realizado o segundo evento. Ambos servirão como preparação para os jogos de 2016. “Queremos que tudo funcione adequadamente já para as olimpíadas”, explica Valdez.

Mesmo com história de apenas três décadas de badminton no Brasil, o país já sedia um campeonato internacional. Para o diretor panamericano, isso é possível em função do trabalho realizado em conjunto entre as organizações para o desenvolvimento de escolas, com foco na educação de treinadores, preparação e apoio a jogadores e realização de eventos. Isso possibilitou que o Brasil recebesse seu primeiro mundial da modalidade.

“Nos últimos quatro anos, o Brasil teve um avanço espetacular no badminton. Já é a terceira potência das Américas com jogadores entre os “top” do continente em todas as modalidades. Ter conseguido esse desempenho em tão pouco tempo é m
uito exitoso e fará diferença em 2016”, avalia Valdez.

Embora sejam remotas as chances de medalhas, Valdez acredita que os atletas americanos vão surpreender com bons resultados, apostando no Brasil e Peru na América do Sul. Na América Central, Cuba e Guatemala, e no Norte, EUA e Canadá, despontam como  favoritos.

Marco Vasconcelos, técnico da seleção brasileira de badminton  Agência Força Aérea/ Sgt RezendeFoco na competição de alto nível - O técnico da seleção brasileira de badminton, Marco Vasconcelos, de origem portuguesa, que já participou de três olimpíadas, tem planos e objetivos concretos.

Ele explica que o projeto da seleção brasileira está voltado, neste momento, para a elevação do nível de competição dos atletas de alto rendimento do país. "Medalha olímpica nesse momento é muito difícil. O nosso objetivo é preparar a seleção para chegar a um bom nível na alta competição, para jogar de igual com os principais atletas mundiais. Para as olimpíadas 2016, vencer uma partida já será estar entre os 20 melhores do mundo. E esse será um grande resultado. Podemos pensar em medalhas em 2020 e 2024", garante o técnico.

Na avaliação de Vasconcelos, realizar o Grand Prix no Brasil é um voto de confiança importante da confederação mundial à confederação brasileira de badmintos. “Só existem três países que sediam eventos na área panamericana: Estados Unidos, Canadá e Brasil. A confederação mundial está tratando o Brasil como potência no badminton na zona panamericana”, explica.

  CDA/Suboficial ArmandoEsperanças brasileiras - Para o técnico brasileiro, ao incorporar atletas de alto rendimento, a Aeronáutica dá um passo importante para o badminton no Brasil. “A Aeronáutica e a Confederação estão juntas para realizar um grande trabalho na modalidade”, explica.

Em março deste ano, a FAB incorporou 18 atletas de badminton, sendo nove da seleção brasileira. Na avaliação do técnico, a ação fortalece o esporte e abre perspectivas. “Em primeiro lugar, para os atletas é uma honra integrar e representar a Força Aérea. Acresce responsabilidades, além de serem atletas de alta competição, eles são militares”, afirma.

Os atletas da equipe da Força Aérea Brasileira com mais chances de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro são:

3° Sgt Atl Daniel Vasconcellos Paiola: Principal atleta da seleção brasileira e da equipe da FAB, ocupa a 77º posição no ranking mundial simples. Já participou de mundiais em 2010 e 2011. Para este Gran Prix, a expectativa é chegar nas quartas-de-final, classificando-se entre os 8 primeiros colocados. “Como o Brasil está sediando as Olimpíadas, já temos vagas garantidas no simples masculino e feminino, a ser representado por quem r estiver melho classificado no ranking mundial. Essa é a nossa chance de pontuar”, acredita Paiola.

3º Atl Sgt Alex Yuwan Tjong: Classificado em 121º do ranking mundial simples e 74° em dupla mista. Segundo lugar de duplas masculina na Venezuela e terceiro na dupla mista, em junho de 2014. Foi o primeiro lugar em dupla mista no torneio da Argentina e o terceiro lugar de mista no Torneio do Mercosul, realizado em maio deste ano, em Foz do Iguaçu. “Participar de uma e
tapa mundial no Brasil traz muita experiência para a carreira pela oportunidade de jogar um torneio de alto nível, com os melhores jogadores do mundo e em casa, com o apoio da torcida e a honra de representar a FAB dentro da própria FAB”.

 3º Sgt Hugo Lemos Arthuso: Especialista em duplas. ocupa o 59º do ranking internacional de mista. Foi terceiro colado em dupla mista na Venezuela em 2014, e primeiro colocado na dupla masculina no mesmo campeonato e segundo lugar na mista e masculina no III Argentina International Series. “Esta etapa, com atletas de nível do mundo inteiro, é uma grande experiência. Um teste para as Olimpíadas para verificar o nível dos atletas brasileiros em relação aos melhores jogadores internacionais”, analisa.

 3° Sgt Atl Fabiana da Silva: 62° colocada na simples e 59° na dupla mista (com Arthuso), foi terceira colocada no Panamericano da República Dominicana de 2013 na individual, dupla mista e por equipes. Este ano, foi campeã brasileira em Niterói. “Neste Gran Prix eu pretendo buscar o pódio, embora o nível seja muito alto. Sem que é difícil. Mas me preparei e buscoCerca de 50 raquetes são revisadas por dia durante o torneio  CDA/Suboficial Armando muito o resultado”, acredita Fabiana.

Nas horas vagas artífice de raquetes - As cordas são as partes mais importantes da raquete, permitindo um golpe certeiro e rápido. Para isso, é vital que o encordoamento tenha a pressão certa, não podendo ser frouxo nem muito apertado. Normalmente, as raquetes de alto desempenho têm entre 25 e 28lbs.

Geralmente, a cada dois dias de treinamento, as cordas da raquete vão perdendo a tensão e tendem a se desfiar. Em competição, a pressão é aferida a cada jogo. No I Yonex Gran Prix Brasil de Badminton, Paulo Fam e o peruano Antônio Ricca são os responsáveis pela manutenção dos equipamentos. Por dia, uma média de 50 raquetes são revisadas após as partidas.

Paulo é praticante de badminton e já foi o primeiro do ranking nacional nos anos de 92, 93, 94 e 96. Hoje ele é treinador e “artífice de raquetes” nas horas vagas.